Aumento do combustível em 2022: o que fazer para gerar mais economia

O aumento do combustível nos últimos anos chegou a 60%: você sabe o que fazer para prevenir o aumento do consumo na sua frota?
Entenda o aumento do combustível e como reduzir custos.

Em março de 2022 foi anunciado um novo reajuste nos valores da gasolina, etanol e diesel. A cada aumento do combustível, a preocupação de conseguir lidar com os abastecimentos da frota aumenta.

Afinal, não é apenas um orçamento para combustível que sofre o impacto. Existe toda uma corrente por trás:

Conforme o combustível sobe, as transportadoras precisam avaliar novos preços de frete, e as varejistas e e-commerces precisam aumentar seus valores de venda. A economia do país todo está em cheque.

No dia 11 de março, o diesel, que já estava em alta, passou para cerca de R$ 6,30 por litro — valores podem variar em diferentes estados.

Como é formado o valor do combustível?

Há quatro fatores considerados para gerar o valor do combustível no Brasil: o preço do produtor ou importador, a carga tributária, o custo do etanol, e as margens de distribuição e venda.

Um dos maiores encarecedores de preço é a carga tributária, até porque, em vários casos, as taxas são cobradas em cima de um “preço final” — após somadas todas as outras partes que contribuem para a formação de preço do combustível.

Embora o Brasil tenha autossuficiência de petróleo, segundo dados da Petrobras, também é um grande exportador da matéria-prima. E, mesmo se fizesse uso apenas de seus próprios recursos, o preço no país, hoje, segue os padrões internacionais.

Inclusive, isto é o que explica a próxima pergunta:

Por que ocorre o aumento do combustível?

Desde 2016, a Petrobras segue a Política de Paridade de Importância (PPI). Isso significa que os preços do combustível são reajustados conforme padrões internacionais.

Ou seja, em um país como o Brasil, os valores consideram não apenas os preços do petróleo, que estão em uma alta globalmente, mas também a desvalorização de nossa moeda.

No ano passado, o acúmulo de acréscimo no combustível foi de cerca de 40% e aconteceu por causa da inflação e do índice IPCA. Apenas este ano, o aumento chega a 35%, pois, além desses fatores, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia gera impactos.

Qual a relação da guerra com o aumento do combustível?

A Rússia é uma das maiores exportadoras de petróleo para diversos países. Dependendo do andamento e medidas tomadas entre os envolvidos na guerra, o preço pode continuar aumentando.

Por existir essa preocupação, alguns planos estão sendo discutidos no Senado. Dentre eles, o congelamento dos preços de combustível por 12 meses, com a adoção de um ICMS único para todos os estados.

O que realmente vai acontecer? Ainda não sabemos.

Portanto, até termos medidas definitivas, você precisa dar uma atenção especial aos custos da sua frota — principalmente no controle de consumo de combustível. Como um passo inicial, você precisa entender:

Como calcular o consumo de combustível?

Você precisa dividir o número de quilômetros rodados pela quantidade de combustível consumida. É um cálculo até simples de realizar, certo? Mas, cuidado.

Você precisa ter atenção na hora de pegar os números para chegar a um resultado de maior precisão. 

Não basta pegar o número do hodômetro e a quantidade abastecida para usar no cálculo, é preciso considerar os quilômetros que já rodaram anteriormente e se o tanque já tinha algum nível de combustível antes do abastecimento.

São detalhes que fazem toda a diferença.

Então, para saber o consumo de combustível por km:

Primeiro, você pode unir todos os números manualmente, a partir do próximo abastecimento. Aqui, você começa pelo esvaziamento do tanque (rodar até o veículo chegar neste nível) e abastece anotando com precisão o volume de diesel e a quilometragem marcada na hora de encher o tanque.

O próximo passo é continuar rodando e viajando até o tanque esvaziar novamente. Nesse momento, você anota a nova marca da quilometragem e faz o cálculo em duas partes:

  1. Diminuindo a quilometragem inicial pela nova marca.
  2. Dividindo o número de quilômetros rodados pela quantidade de combustível.

Uma segunda opção é realizar o controle por uma plataforma digital, com funções automatizadas.

Um sistema de gestão de combustível seria ideal, mas ferramentas como o checklist eletrônico também são prestativas. Assim dizendo, o checklist controla a quilometragem do veículo a cada saída e chegada, e o nível de combustível.

Como lidar com o aumento do combustível na frota?

Dificilmente você terá uma redução de custos depois do aumento do combustível, mas você pode controlar e evitar custos excessivos em diversas áreas da sua gestão de frotas com um planejamento efetivo e objetivo.

Inclusive, você consegue gerar mais informações para saber onde cortar gastos, direcionar novos investimentos ou inovar na realização de processos logísticos.

As melhores ações incluem:

Realizar o controle de quilometragem

Como falamos acima, a quilometragem é essencial para descobrir o real consumo de combustível da sua frota. Então você precisa desse controle.

Além disso, se o veículo já rodou mais do que o previsto, pode estar com seu desempenho prejudicado, aumentando o consumo de combustível. Isto porque o motor faz mais força para iniciar movimento, aquece mais para acelerar, queima mais combustível por velas falhas, etc.

O controle de quilometragem pode ser realizado pelo controle em tempo real, através da telemetria ou por outros sistemas de roteirização e acompanhamento de frota que permitem notar os picos de aceleração e outros fatores que influenciam nos custos da operação.

Abastecer em postos parceiros

Diversos postos de combustível possuem sistemas de pontuação e descontos, ou clubes de parceiros. Você precisa aproveitar essas oportunidades, desde que o combustível seja de boa qualidade, para reduzir os custos da sua operação de transporte.

Caso abasteça com combustíveis adulterados, terá o aumento do combustível consumido e, igualmente, impactos negativos no motor e desempenho do veículo.

Otimizar as rotas

Criar rotas melhores é mais que buscar o caminho mais curto. Na verdade, é necessário verificar tráfego, quantidade de semáforos, horários de maior movimento, quantidade de quebra-molas, e assim por diante.

Inclusive, o próprio motorista deve ser consultado para que você planeje as rotas da operação. Embora haja sistemas de roteirização excelentes que contribuem muito nessa tarefa, a experiência e conhecimento do motorista devem ser aproveitados.

Tem fatores que, às vezes, não são considerados por uma tecnologia — como buracos na via, obras na pista, entre outros.

Cuidar da troca de marchas

A troca de marchas e uso da marcha incorreta fazem o veículo “trancar”, balançar, ou fazer mais força para rodar. Tudo isso indica um aumento do combustível consumido pela frota.

Essa questão está diretamente ligada ao treinamento e capacitação de motoristas, visto que eles são os únicos responsáveis por esse elemento. A sua tarefa, portanto, é buscar os melhores cursos, palestras e capacitações para a sua frota — adquirindo, também, um meio de controlar os motoristas e fazer um esquema de pontuação para bonificação.

Usar corretamente vidros abertos ou ar condicionado

Novamente, é uma questão de instruir os motoristas das melhores práticas para uma direção econômica e eficiente. Como regra geral, os vidros devem ser mantidos abertos quando rodando em cidades, para distribuição urbana.

Já o ar condicionado é preferível em viagens longas, quando o veículo passa de 70 km/h. Nesse caso, se os vidros permanecerem abertos, começa a haver uma resistência de ar e o veículo aumenta a queima de combustível para “combater” o problema.

Fazer a manutenção preventiva dos veículos

A manutenção preventiva, quando realizada corretamente, a longo prazo, pode não ser o caminho ideal para reduzir custos. Porém, ela é crucial para evitar o aumento de gastos na frota.

Através dela, o veículo é inspecionado e o motorista dá indicações do que pode precisar de alguma atenção. Assim, prevenindo falhas mecânicas nas viagens, evitando acidentes e diminuindo gastos com consertos. 

Selecionar o tipo certo de lubrificante

Os diferentes tipos de motores precisam de lubrificantes específicos para melhor desempenho. Enquanto alguns precisam de óleo mais viscoso, outros precisam do contrário.

O que acontece se usar um lubrificante não recomendado?

Um óleo de menor viscosidade em um motor recomendado utilizar a viscosidade alta, não terá a proteção necessária em alguns casos. Da mesma maneira, se o caminho for o inverso, o motor precisa fazer um esforço mais para continuar funcionando — gerando o aumento do combustível consumido pelo veículo e mesmo diminuindo a vida útil do motor.

Fazer a calibragem dos pneus

Os pneus de baixa calibragem geram maior esforço do motor para fazer o veículo se movimentar. Por isso, calibrar os pneus com a pressão correta é essencial.

Também é um cuidado que garante melhor estabilidade do veículo, durabilidade dos pneus e produtividade da sua operação. Vale a pena ter uma rotina de controle dos pneus para manter a sua calibragem sempre em dia.

Como forma de auxiliar na sua gestão e encarar todas as tarefas para combater o aumento do combustível, nós preparamos um kit gratuito para a sua gestão de frotas. Nele, você recebe conteúdos aprofundados e ferramentas práticas para a rotina da frota:

  • Guia da Gestão de Frotas Eficiente
  • Manual de Boas Práticas na Inspeção de Veículos da Frota
  • Guia da Gestão de Pneus para Gerar Economia e Produtividade na Frota

+ Planilha de Controle de Pneus

+ Modelos de Checklist Diário e Completo

Bastante coisa para você aproveitar e otimizar seu controle, né? Faça seu download agora mesmo.

Autor

Jade Zart

Há mais de 6 anos na área de marketing, hoje coordena o time da Prolog e está sempre antenada nas principais novidades e inovações do setor logístico.

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